13/05/2020 :: Síndrome de Burnout: uma consequência da pandemia?
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Síndrome de Burnout: uma consequência da pandemia?
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE apontam que o Brasil terminou o 1º trimestre de 2020, mesmo período em que o coronavírus chegou ao país, com 1,2 milhão de pessoas a mais na fila do desemprego. A população desocupada subiu de 11,6 [no último trimestre de 2019] para 12,8 milhões nos três primeiros meses deste ano. A alta no período foi de 10,5%.
Além deste contingente preocupante, outro que também merece atenção é o dos trabalhadores que felizmente não foram desligados, mas, devido a drástica redução de pessoal, passaram a executar múltiplas tarefas na organização. Trabalham, mesmo que em regime de home-office, sob as mais diversas pressões. Muitos convivem, inclusive, com o medo de serem os próximos da lista de demissões, de não conseguirem cumprir prazos e metas ou não atenderem as cobranças excessivas de seus gestores. Soma-se a todos esses fatores a incerteza de quanto tempo o isolamento social vai durar.
De forma geral, os profissionais têm trabalhado mais do que se estivessem na organização. Muitas vezes, estendem o expediente de trabalho, não conseguem sequer tomar um café da manhã ou cumprir a pausa para o almoço. Esse ritmo desenfreado pode trazer cansaço físico e mental fortes, alterações físicas, como dores de cabeça, queda de cabelo, crises de choro, insônia, alterações no apetite, pressão alta e taquicardia.
O resultado dessa equação pode ser o surgimento de um dos males que que afeta 33 milhões de brasileiros, segundo a International Stress Management Association (Isma-BR) e, em 2019, foi reconhecido como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS): a Síndrome de Burnout.
Mais do que falar sobre o problema, minha proposta é trazer algumas reflexões de como podemos evitá-lo. Em primeiro lugar é necessário que os membros da equipe fortaleçam o espírito de colaboração, atingido unicamente quando aceitamos o que o outro tem a oferecer. Sendo assim, comunique-se com seus pares aceitando que conflito é diferente de confronto. Construa uma relação de confiança para trabalhar em rede.
O espírito de colaboração é fundamental para que o time possa compartilhar e interligar informações de forma clara e transparente. Assim, as pessoas vão ter mais autoconfiança para atravessar esse deserto de incertezas que vivenciamos nos últimos meses.
O ideal é que cada um de nós possa olhar o cenário sob uma ótica analítica e compreender que todos estamos passando, igualmente, por um momento atípico. O melhor a fazer é estar atento ao seu ritmo de trabalho, se cuidar, cuidar das pessoas que estão ao seu redor com humanidade e, sobretudo, resiliência.
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