16/06/2020 :: RH: o resgate do real significado

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2020-06-16

RH: o resgate do real significado

Nos dias de hoje, fala-se tanto sobre a habilidade das lideranças trabalharem em ambientes complexos e com times diversos, assim como também, da necessidade de líderes encorajarem seus times. Mas pouco se fala sobre a importância do RH no grandioso organograma das organizações.

Aliás, se existe uma percepção antiga sobre o RH é a de que ele deve ser estratégico. Desde que me especializei em Recursos Humanos, há cerca de 20 anos, esse comentário já era entoado. E nem é preciso ir muito longe no tempo. O cenário recente de pandemia que afetou as organizações trouxe essa frase de volta, ou seja, nada de novo sobre o horizonte.

Porém, analisando o termo, deixo aqui uma pergunta: o que é um RH estratégico? Com o novo modelo de trabalho e estruturas organizacionais marcados pelo dinamismo, avanço da Indústria 4.0, inteligência artificial, inovação e criatividade, o RH vai precisar ocupar ainda mais uma posição estratégica a partir de agora.

Dia desses, durante uma conversa por telefone com uma amiga de São Paulo, que trabalha em uma grande multinacional, ouvi o seguinte desabafo: “Tânia, muitos dos meus colegas estão desmotivados com o trabalho à distância neste momento de pandemia. Vários, inclusive, estão temerosos se vão continuar na empresa, se conseguirão voltar...”.

Imediatamente perguntei o que o RH tem feito para minimizar ou solucionar o problema. Ela teve dificuldades em detectar alguma ação interna de motivação desenvolvida pelo setor.

Diante de relatos como esse, ficam aqui algumas reflexões: será que o RH tem sido estratégico? Ele tem pensado no bem mais precioso de qualquer organização, as pessoas, o capital humano? A escuta ativa é uma das competências usadas pelo departamento em questão para identificar dificuldades e desafios?

Agora, mais do que nunca, essa área vital deve repensar suas ações. É extremamente necessário que o RH se relacione intimamente com os gestores, entendendo suas necessidades e carências, além de norteá-los neste contexto de home-office, realidade atual e, talvez, permanente, de nove a cada 10 empresas.

Também é importante dizer que crises como a que vivemos hoje geram estresse, ansiedade, síndrome de Burnout [sobre a qual já falei em artigos anteriores] e depressão. Sendo assim os RHs vão precisar investir maciçamente na saúde física e mental dos colaboradores.

Obviamente, vão precisar também estarem abertos ao novo e aceitarem as surpresas dos novos tempos, resgatando o real significado da área: investir verdadeiramente nos recursos humanos.

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