04/09/2018 :: Revolução industrial 4.0: como liderar neste cenário

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2018-09-04

Revolução industrial 4.0: como liderar neste cenário

Você já ouviu falar no termo Revolução Industrial 4.0 ou 4ª Revolução Industrial? Ela não está restrita à indústria. É um conceito que se ampara nas startups atuais e reafirma a tecnologia como único caminho possível para a evolução empresarial.  

A quarta revolução industrial aconteceu após três processos históricos disruptivos, sendo o primeiro deles a transformação da produção manual para mecanizada, entre 1760 e 1830. A segunda revolução ocorreu por volta de 1850, com a eletricidade permitindo a produção em massa e métodos de produção em larga escala. Já a terceira, em meados do século 20, com a chegada da eletrônica, da tecnologia da informação e das telecomunicações.

A revolução atual, por sua vez, simboliza a automatização total, através de sistemas digitais, que foram possíveis graças à Internet das Coisas e à Computação na Nuvem. E ela se ampara também em conceitos como nanotecnologias, robôs, inteligência artificial, biotecnologia, sistemas de armazenamento de energia, drones e impressoras 3D.

Nesse contexto, se as máquinas da 4ª Revolução Industrial estão adquirindo tamanha inteligência e protagonismo, onde está o papel dos líderes? Como eles devem atuar?

A mudança no papel de liderança e gestão com a 4ª Revolução Industrial é grande. De acordo com Sandro Magaldi e José Salibi Neto, autores do livro “Gestão do Amanhã – Tudo o que você precisa saber sobre gestão, inovação e liderança para vencer na 4ª Revolução Industrial”, o líder da 4ª Revolução Industrial é o líder conector. As velhas capacidades de liderança são básicas, todos têm que ter, mas devem desenvolver pelo menos mais oito habilidades de conexão com a equipe.

Magaldi lembra ainda que os modelos de negócios mais adaptados a essa nova realidade serão os que tiverem líderes que conseguem modificar a forma como seus colaboradores aprendem. Nesse quesito ele aponta que “aprender a desaprender” é o fato mais importante e que irá transformar as pessoas a partir de novos modelos de liderança para a Indústria 4.0, um dos pilares da 4ª Revolução Industrial.

Os autores do livro, cuja leitura vale a pena, também reforçam que as habilidades necessárias para um gestor não são mais apenas saber trabalhar em equipe, ter estratégia e liderança. Se ele não tiver um profundo entendimento das novas tecnologias que estão vindo, perderá rapidamente seu espaço.

A formação dos novos líderes também deve mudar, já que estudos mostram que mais de 30% das competências requeridas para as profissões que serão relevantes até 2020 não são consideradas fundamentais hoje. Ou seja, muito do que estamos ensinando hoje será 100% descartado nos próximos dois anos e o autoconhecimento ou a busca pelo conhecimento em plataformas diversas se torna muito mais interessante.

Além disso, pesquisas mostram que 45% das tarefas executadas por seres humanos hoje serão automatizadas no futuro. Considerando que homens podem mandar em máquinas, mas que esse não será totalmente seu papel, os líderes nesse novo cenário da 4ª Revolução Industrial precisam aprender a lidar igualmente com máquinas e com humanos.

Para finalizar, quero compartilhar outra informação: Segundo estudos da Standard & Poor’s, em 1937 o tempo médio de vida de uma companhia era de 75 anos. Hoje, o indicador está em 15 anos. Até 2020, três quartos das maiores companhias do mundo serão empresas que não existem ou não são conhecidas hoje. Nesse sentido, fica a conclusão: Se os líderes das empresas tradicionais não correrem para alcançar esse mercado, é certo que novos virão – e não haverá líderes que se sustentem parados diante de tanta inovação. Pense nisso!

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