24/04/2019 :: Líder ambicioso: prós e contras
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Líder ambicioso: prós e contras
Seja no cinema ou nas telenovelas, a ambição quase sempre é vista como uma característica típica dos vilões. Desprovidos de qualquer senso ético, esses personagens não medem esforços para alcançarem status, sucesso, dinheiro e poder. Costumam armar as estratégias mais pérfidas para passarem por cima daqueles que estão em seus caminhos. Isso quando não cometem crueldades insanas.
Esse tipo de comportamento [quando visto nesse tipo de mídia] não nos assusta, afinal todos nós sabemos que os roteiros de ficção estão acostumados a potencializar/maximizar os sentimentos duais que permeiam a relação entre o bem e mal, vítimas e algozes. Porém, quando a ambição é demasiadamente exagerada na ‘vida real’, precisa ser repensada.
Um líder acostumado, por exemplo, a pensar apenas no seu sucesso e que não mede as consequências para ‘derrubar’ aqueles que considera adversários, cedo ou tarde, colherá os frutos dessa postura egocêntrica. A princípio, ele coleciona vitórias que são [sim] celebradas por seus pares, mas com o passar do tempo, sua face individualista se acentua. O resultado: este profissional se torna conhecido por sua “liderança lost”. Sozinho em sua ilha de benesses e imerso apenas nas conquistas individuais, vai viver na iminência de contra-atacar quando se sentir ameaçado por alguém que ele julga ser mais talentoso, sagaz e com know-how.
Um líder excessivamente ambicioso peca pelo simples fato de não exercer sua gestão da forma mais genuína. Isso porque desconhece ou ignora a característica básica para uma liderança de alta performance: jogar junto com o time. Por não saber [ou não querer] compartilhar e reconhecer os talentos de sua equipe, o líder lost (perdido em si mesmo) sempre fará questão de colher para si todos os louros do trabalho, por menores que sejam.
À medida que essa ambição for crescendo, este profissional ficará tão isolado (fechado em si mesmo), que até mesmo seus relacionamentos interpessoais dentro da organização poderão ficar comprometidos, o que irá colocar em xeque, inclusive, sua permanência na empresa.
Mas atenção: esse sentimento [de ambição] não é totalmente ruim. Quando ele faz parte do nosso comportamento, mas de forma equilibrada, pode ser a mola propulsora que nos conduz rumo à concretização de planos e metas. Costumo dizer que a ambição dosada é capaz de nos tirar da inércia, de resgatar sonhos adormecidos.
O gestor que sabe conciliar suas aspirações sem esquecer do grupo que coordena, terá maior capacidade de trabalhar em equipe e, com isso, viralizar/democratizar o sucesso. Ele não se preocupará apenas com seu desempenho, pois entende que para ser bem-sucedido, seus pares também devem remar nessa ‘onda’ de crescimento.
Se a ambição desmedida está tirando você do seu eixo, saiba que é possível, através de algumas ferramentas de desenvolvimento, descobrir como equilibrá-la. De posse desses mecanismos, você conseguirá atingir novos patamares em sua carreira sem desmerecer aqueles que estão contigo nessa caminhada.
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