19/05/2020 :: Home-office: o futuro que se tornou realidade
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Home-office: o futuro que se tornou realidade
A pandemia do coronavírus trouxe consigo uma realidade incontestável: a mudança nas culturas organizacionais provocada pelo home-office. Esse é um caminho praticamente sem volta para muitas empresas que o experimentaram, como forma de reduzir os riscos de contágio dos colaboradores. Junto com a experimentação houve, posteriormente, a necessidade de adaptação.
Hoje, passados exatos dois meses de isolamento social no Brasil, essas mesmas empresas perceberam que o novo modelo [nem tão novo assim, apenas pouco explorado] pode ser rentável e produtivo. Prova disso é que segundo estudo do professor André Micelli, da Fundação Getúlio Vargas, o trabalho remoto deve crescer cerca de 30% em todo o país após o período de estabilização dos casos de COVID-19 e retomada das atividades.
Nas palavras do próprio docente, “muitas empresas não o testavam antes da crise. Algumas eram adeptas, mas tinham a sensação de que não funcionava. Porém, agora, ele precisou funcionar. É claro que nem todas as áreas podem operar dessa maneira. Tampouco nem todas as empresas podem migrar totalmente para esse novo modelo. Entretanto o que não podemos negar é que, atualmente, este formato de trabalho foi posto a prova como nunca havia sido colocado antes e, de fato, vem se mostrando bastante efetivo.”
Verdade seja dita: o trabalho em casa tira carros da rua, desafoga o transporte público e mobiliza a economia de outra forma. Além disso as organizações permitem que seus funcionários tenham mais tempo para cuidar da saúde e usufruir de coisas que lhes dão prazer sem comprometer as entregas e o faturamento.
Por outro lado, esta realidade que hoje passamos a experimentar com mais intensidade, vem acompanhada de desafios inevitáveis:
1- Os líderes terão, a partir de agora, que enxergar a tecnologia como um ativo humano fundamental para a efetivação de negócios. Os dispositivos móveis, já tão condenados por afastarem as pessoas, agora passam a ser os canais de reconexão e redução de distâncias. Portanto se você nunca teve tanta familiaridade com os aparatos tecnológicos, eis que é chegado o momento de se abrir a novas perspectivas.
2- O trabalho à distância vai exigir ainda mais espírito de cooperação dos líderes com a equipe e entre os próprios membros da equipe. É preciso estabelecer uma relação de confiança coletiva, mais humanizada, voltada para o apoio, entendimento e tolerância.
3- Consequentemente, será preciso também entender que alguns colegas poderão ter mais dificuldades em se adaptar. Nessas horas a empatia deve se tornar um ‘mantra’ colocado em prática por todos, sem exceção.
4- Por fim, o desafio que, talvez, seja o mais grandioso: a comunicação construtiva focada no diálogo para o aprendizado. No contato pessoal, temos uma sensopercepção muito maior, ou seja, enxergamos a expressão no rosto do colega, o que não é possível à distância. Por isso, é necessário que, principalmente os líderes, tenham sensibilidade para perceber as fragilidades e ruídos da comunicação no grupo, muitas vezes camufladas pela tela do computador, bem como possíveis insatisfações dos colaboradores.
Lembre-se que qualquer falha de comunicação pode acarretar em problemas de produtividade e até mesmo interpessoais. Embora a estrutura física da organização não exista mais da forma com a qual estávamos acostumados, as entregas, resultados e o cumprimento de metas em tempo hábil continuam firmes.
Essa é, de fato, nossa nova realidade. O futuro, que tanto vislumbrávamos, parece ter chegado.
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