11/05/2018 :: Como conciliar carreira e maternidade?

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2018-05-11

Como conciliar carreira e maternidade?

Trabalhar ou cuidar dos filhos: esse é o dilema de várias mulheres após a maternidade. Muitas, inclusive, acabam optando pela segunda opção. De acordo com uma pesquisa divulgada pela empresa de recrutamento Catho, as mulheres deixam o mercado de trabalho cinco vezes mais que os homens, após a chegada dos ‘herdeiros’. A pesquisa foi feita com 13.161 pessoas. O levantamento concluiu que 28% ‘delas’ deixaram o emprego após se tornarem mães, versus 5% dos homens.

 

Esses dados podem passar uma percepção de que é muito difícil conciliar carreira e maternidade. É difícil sim, mas nosso desafio é fazer essa conciliação, principalmente, nos organizando nos diversos papéis que exercemos: donas de casa, esposas, mães, às vezes filhas e profissionais.

 

Hoje somos parceiras dos nossos companheiros. Isso significa que eles dividem conosco as mesmas tarefas, num projeto comum de ambos, o da família. Por isso é supernormal, que o marido também faça os serviços que antes eram vistos como específicos da mulher, como pegar a criança na creche, levar ao médico, trocar fraldas ou ir a uma reunião da escola.

 

Já para aquelas que, devido à ausência do homem, exercem dupla função, ou seja, são “pães” (pais e mães ao mesmo tempo), hoje é possível contar com o apoio de familiares, babás e creches qualificadas no horário em que a mulher está exercendo seu papel como profissional. Isso sem falar que muitas organizações estão apostando na flexibilidade, com horários de trabalho mais acessíveis, que permitem à funcionária passar mais tempo perto dos filhos, sem que isso comprometa sua produtividade.

 

Até as novas tecnologias (smartphones, tablets, computadores pessoais) podem ser importantes aliados, permitindo que muitas profissionais trabalhem em casa, na modalidade de home-office, principalmente em casos urgentes que as impeçam de comparecer à empresa. No mundo atual não faltam exemplos de executivas bem-sucedidas, que mesmo tendo que se desdobrarem para cuidar dos filhos e fazer o papel de mantenedoras do lar, se saem muito bem.

 

A maternidade, ao invés de ser um empecilho profissional, pode até mesmo agregar valores para a carreira. O motivo é simples: Muitas mulheres após se tornarem mães desenvolvem ou aperfeiçoam habilidades como organização, paciência e tolerância e, com isso, aumentam suas chances de galgarem novos cargos.

 

Há ainda aquelas que conquistam uma característica preciosa com a chegada dos herdeiros: a capacidade de delegar. Isso porque ao ser obrigada a entregar o filho aos cuidados de uma babá ou creche, a mulher precisa ensinar e confiar no trabalho dos outros, o que também é um ponto interessantíssimo para seu crescimento profissional.

 

Da mesma forma que conciliar carreira e maternidade não deve ser visto como um ato grandioso de heroísmo, a decisão daquelas que optam por deixar de lado a vida profissional para se dedicarem inteiramente aos filhos jamais deve ser julgada. Todas as mulheres têm liberdade para escolher os rumos que vão tomar após se tornarem mães. Existem casos, e não são poucos, em que a mulher decide tirar um período sabático para cuidar da criança ou simplesmente parar de trabalhar por dois, três anos, até que o filho cresça. E a pesquisa que citei no início deste texto, é um exemplo claro disso.

 

Todas as escolhas são possíveis e nenhuma delas é errada ou equivocada. O que ela a mulher deve priorizar, independentemente dos caminhos pelos quais passar, é sua felicidade e qualidade de vida. Se o que a faz mais feliz, no momento, é dedicar-se 100% ao bebê, que assim seja. O que não podemos fazer é criar modelos, como se todas as mulheres tivessem a obrigação de assumir múltiplas identidades. O mais importante é que elas sejam o que quiserem: mães e empreendedoras, somente mães ou apenas empreendedoras. Essa é a tônica do mundo moderno.

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