21/10/2020 :: Adaptabilidade e colaboração: as competências do momento
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Adaptabilidade e colaboração: as competências do momento
Dia desses li uma notícia importante que, ao mesmo tempo, não é nova para mim. A pesquisa “Série Global Stakeholder – o futuro do trabalho, agora”, divulgada na semana passada pela Salesforce, revelou que a adaptabilidade e a colaboração estão entre as principais habilidades profissionais indispensáveis para os próximos seis meses.
O levantamento, que ouviu cerca de dois mil brasileiros, aponta que a adaptabilidade é importante para 95% dos entrevistados enquanto 92% acreditam na colaboração como comportamento crucial nestes tempos.
Como disse no começo do texto, o resultado não me deixa surpresa, afinal não é segredo dizer que a capacidade de adaptação é, sem dúvida, a competência mais exigida hoje, principalmente neste momento de pandemia. Mas mesmo diante do óbvio, o assunto é importante e merece uma reflexão.
Você tem se adaptado às mudanças atuais? Como tem recebido todo esse turbilhão de novidades que, nos últimos meses, nos pegou tão desprevenidos?
É importante que façamos esses questionamentos, afinal é impossível passar incólume pelas variadas mudanças que ocorreram em nossas vidas e rotina neste 2020: o formato de trabalho foi sacudido e repaginado, a cultura organizacional teve que ser revista, as pessoas precisaram aprender a serem produtivas e darem conta das inúmeras demandas mesmo à distância. A adaptabilidade parece ter se tornado inevitável, condição sine qua non para a sobrevivência.
Hoje, por exemplo, como os negócios e as empresas não podem parar, [mesmo diante do caos], houve um crescimento exponencial das lives, reuniões, aulas e cursos on-line, expansão do home-office, ou seja, inúmeras foram as possibilidades que apontaram de forma emergencial no horizonte.
É óbvio que nem todos conseguem se adaptar com facilidade. Muitos, inclusive, não querem. E nem é errado não querer. Antes de imergir no novo e beber dele mesmo sem saber se o líquido é agradável, o ideal, como já pontuei em outros artigos, é fazer uma triagem diante de toda a imensidão de alternativas. Nesse processo vale apena se perguntar: Até que ponto, aderir a essas mudanças, vai agregar em meu repertório? Quero explorar novos formatos? Eles são essenciais para mim? Servem? Não servem? Realmente preciso?
O fato da maioria das pessoas estarem migrando para o ‘novo’ não significa que você deve, obrigatoriamente, fazer o mesmo. É importante ter certeza das metodologias que irá incorporar em suas novas práticas.
Caso sinta necessidade de se adaptar, porém o que te impede é a dificuldade, o caminho talvez seja apenas um: buscar o formato com o qual mais se identifica entre as tantas possibilidades que nos são dadas. A capacidade de adaptação/reinvenção ou o ato de se render/sucumbir diante das intempéries vão depender apenas da forma com a qual lidamos com elas.
Por fim, não posso ignorar a segunda colocada nesta pesquisa: a colaboração, fundamental não apenas hoje, mas desde sempre. Ela está presente em várias áreas da nossa vida, não somente na profissional, como também familiar, financeira, emocional. É o ato de colaborar que nos une ao outro, nos conecta a pessoas e, sobretudo, nos humaniza. Por isso nunca deixe de praticar este gesto intrínseco e tão nobre nas relações.
No mais fico feliz em saber que essas duas competências se sobressaíram na pesquisa aqui compartilhada, afinal tanto a adaptação quanto a colaboração estão intimamente atreladas ao respeito. Se você se adapta a um grupo ou situação e colabora nos pequenos detalhes com o bem estar coletivo, principalmente nestes tempos tão desafiadores, está, automaticamente, compreendendo o outro e, acima de tudo, entendendo que não é só você o único impactado. Se adaptar e colaborar são posturas de empatia.
Mas volto a dizer: a adaptabilidade e a colaboração não pressupõem anulação. Jamais esqueça de olhar para si e perceber como recebe as mudanças do caminho e até que ponto elas realmente fazem sentido em sua vida. Não se desdobre para caber em todos os lugares se muitos desses lugares não estão alinhados ao seu propósito.
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