01/07/2020 :: A mudança é obrigatória para todos? Prós e contras do processo
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A mudança é obrigatória para todos? Prós e contras do processo
Como você está vendo as mudanças? O novo é assustador? Não sei, ao certo, se existem pesquisas sobre o assunto. Mas na verdade, qualquer caminho diferente daquele que estamos acostumados a traçar, traz um incômodo. E esse desconforto, não se preocupe, é normal.
O que tenho percebido são as pessoas presas na crença de que a mudança a qualquer custo é obrigatória. É preciso romper com a chamada ‘cultura da impermanência’. Sobre o assunto, prefiro ter um olhar mais relativo. Vou analisar abaixo os prós e contras desta tendência, muito recorrente neste mundo dinâmico em que vivemos.
Prós
Impermanência, no sentido mais literal da palavra, quer dizer sair da permanência, movimentar-se para deixar o estado de inércia. Neste momento atual, onde vivenciamos mudanças extremamente abruptas em tão pouco tempo, a impermanência consiste em buscar novas oportunidades de trabalho e/ou novas formas de fazer o trabalho, o que pode ser superinteressante.
Outro ponto importante é que a mudança nos tira da zona de conforto e de um modelo pré-determinado ao qual estávamos acostumados sem sequer questioná-lo. À medida em que deixamos nossas comodidades de lado, naturalmente somos levados a repensar, refletir. E a reflexão, sem dúvida, facilita a tomada de decisões. Decisões essas que podem ser assertivas e acompanhadas de crescimento.
Contras
Nesse sentido, sugiro fazer algumas reflexões, que eu mesma fiz para tomar decisões na minha carreira nesse momento: será que a necessidade de se reinventar, aderir ao novo normal, é obrigatória para todos? Será que eu quero? Quais são os aspectos positivos/negativos da transição que eu vou fazer? Como me adequar?
As minhas respostas a essas questões me fizeram tomar algumas decisões. Tendo meus valores e crenças, como a base do meu trabalho, concluí que não podia ser levada pelas ondas das mudanças. Percebi que não valia a pena mergulhar nessa cultura da impermanência apenas por modismos ou simplesmente por achar que, obrigatoriamente, precisaria acompanhar o processo de transformações que o mundo vivencia. Resgatei meu objetivo de carreira, que é desenvolver pessoas, e optei por escolher quais processos poderiam me deixar focada em minhas realizações.
Para deixar meus argumentos ainda mais didáticos, vou dar o seguinte exemplo: imagine que você vai mergulhar em uma lagoa sem saber a profundidade e sem nunca sequer ter mergulhado. Irá mergulhar de peito aberto e sozinho ou pedir ajuda a alguém que conhece o local e pode auxiliá-lo? Imagino que sua escolha seja pela segunda opção, correto?
Pois bem...é impossível mergulhar no desconhecido sem antes fazer análises, ou seja, conhecer minimamente o novo local e, principalmente, saber quais são suas fortalezas/competências para enfrentar essa novidade. Não dá para mergulhar 100% vulnerável. É preciso se munir, ter subsídios que lhe tragam conforto.
Por isso, antes de entrar na água, questione-se: vou ser feliz? Essas novidades condizem com meu perfil? O autoquestionamento nos leva a refletir sobre o que queremos, do que gostamos, o que nos trás satisfação e até mesmo insatisfação.
Lembre-se que indivíduo em latim é uno. Isso significa que cada um de nós é um ser único. Podemos e devemos escolher cada um o seu próprio caminho.
A consciência permite um trabalho com qualidade, sobretudo com FELICIDADE. O que não dá é para fazer algo só porque todos estão fazendo e ser infeliz.
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